Projeto Temático Pós-Covid-19 promove workshop com mais de 60 colaboradores

O Projeto Temático Pós-Covid-19 FAPESP promoveu seu primeiro workshop, na sexta-feira (13/06/25), no anfiteatro do Instituto do Coração (InCor), reunindo mais de 60 participantes, entre líderes, gestores, coordenadores e pesquisadores de áreas diversas .

Os objetivos do evento é divulgar informações da pesquisa que embasem estudos dos 17 subprojetos contemplados e o de fomentar o diálogo entre os pesquisadores para produção científica envolvendo duas ou mais disciplinas.

Durante o encontro, foram apresentados dados referentes a mais de 300 variáveis demográficas e clínicas coletadas ao longo da hospitalização e de três acompanhamentos realizados com pacientes do estudo – que hoje soma 526 participantes.

Todos foram internados em 2020 no HCFMUSP com quadros moderados ou graves de Covid-19. Segundo o Prof. Dr. Carlos Carvalho, chefe da Diretoria de Saúde Digital e pesquisador responsável pelo projeto, o objetivo do workshop foi compartilhar com os pesquisadores um panorama abrangente do banco de dados gerado pela pesquisa.

“Apresentamos os resultados das avaliações realizadas, tanto a inicial, feita um ano após a alta hospitalar, quanto a mais recente, que cobre o período de três a quatro anos” - explicou O Prof. Dr. Carlos Carvalho.

Ele observou que será possível analisar a evolução longitudinal dos pacientes: como estavam após um ano da infecção e como se encontram atualmente. Financiado pela Fapesp, o Projeto Temático Pós-Covid-19 acompanhou 749 pacientes em sua primeira fase, constituindo uma das maiores “coortes” do mundo dedicadas ao tema.

Estudo de coorte é  um tipo de estudo em que o pesquisador limita-se a observar e analisar a relação existente entre a presença de fatores de riscos ou características e o desenvolvimento de enfermidades, em grupos da população.

O projeto já contabilizou mais de 7500 exames, realizados tanto de forma presencial quanto por teleatendimento. De acordo com o coordenador do projeto, ainda serão coletados novos dados dos participantes, de maneira a embasar a formulação de protocolos clínicos e políticas públicas:

“Vamos continuar avaliando esses pacientes pelo menos mais uma vez, na faixa de cinco anos após a infecção por Covid-19” - comentou o pesquisador. “Começaremos a implementar outras intervenções, para diminuirmos os riscos das sequelas permanentes da doença.” – disse.