A interoperabilidade faz parte do planejamento estratégico do HCFMUSP para 2025, com metas claras para a transformação digital e o aumento da eficiência operacional
A interoperabilidade é uma peça-chave para transformar a saúde. Embora o conceito tenha surgido nos anos 1980, sua relevância permanece atual, impactando diretamente a qualidade do atendimento, a segurança do paciente e a eficiência da gestão.
Diferentemente da integração — que permite apenas a troca de dados entre sistemas com adaptações constantes e altos custos — a interoperabilidade garante que essas trocas ocorram de maneira padronizada e compreensível por todos os sistemas envolvidos.
No InovaHC, hub de inovação do HCFMUSP, a interoperabilidade é um compromisso concreto. Dois exemplos práticos são o Projeto TMO e o Projeto OpenCare 5G.
O TMO digitaliza a jornada do paciente de transplante de medula óssea, organizando os dados de forma padronizada e permitindo o monitoramento remoto do paciente.
Já o OpenCare 5G transmite exames de imagem feitos em regiões remotas para especialistas localizados em grandes centros urbanos, usando uma rede de alta velocidade. Com isso, o telediagnóstico se torna possível e acessível mesmo em áreas distantes.
Para que tudo isso funcione, a interoperabilidade atua em três frentes: técnica, semântica e organizacional. A parte técnica envolve a infraestrutura que permite a comunicação entre sistemas. Já a parte semântica garante que os dados trocados mantenham o mesmo significado, independentemente da plataforma onde forem acessados. E, por fim, a interoperabilidade organizacional trata da segurança e do uso responsável dessas informações, respeitando normas como a LGPD.
No HCFMUSP, a interoperabilidade não é só um conceito: ela faz parte do planejamento estratégico institucional para 2025, com metas claras para a transformação digital e o aumento da eficiência operacional. Isso significa investir em tecnologias e processos que permitam integrar informações de maneira segura e útil, melhorando o cuidado ao paciente e otimizando a atuação das equipes de saúde.
Além disso, a interoperabilidade também apoia práticas sustentáveis, como a redução do uso de papel e de deslocamentos, e promove maior equidade no acesso à saúde. Ainda existem desafios, como a necessidade de capacitação de profissionais e uma mudança de visão — tratar a interoperabilidade não como custo, mas como investimento estratégico.
Para saber mais sobre o tema, acesse: https://inovahc.com.br/interoperabilidade-na-saude-do-conceito-a-pratica-no-inovatec.
Publicado em 10/04/2025