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Ano II - Edição 46 - 03/03/2025 a 09/03/2025

Crônica celebra Dia Internacional da Mulher e homenageia a força do mundo feminino que trabalha no HCFMUSP

Crônica celebra Dia Internacional da Mulher e homenageia a força do mundo feminino que trabalha no HCFMUSP


Escritor reconhece a missão de médicas, enfermeiras, auxiliares, fisioterapeutas, psicólogas, nutricionistas e quem atua nos demais setores

As mulheres são a maior força de trabalho entre os colaboradores do Complexo HCFMUSP. Elas representam 72% dos colaboradores que atuam no cotidiano dos Institutos e demais unidades. 

E, neste Dia Internacional da Mulher, o cronista e escritor José Luiz Ricchetti destaca o papel das médicas, enfermeiras, auxiliares, fisioterapeutas, psicólogas, nutricionistas, mulheres da limpeza e tantas outras das demais áreas. 

Ricchetti atuou por 40 anos no mundo corporativo como engenheiro e executivo de empresas no Brasil e no exterior. Depois de encerrar sua carreira profissional, passou a morar em São Manuel, no interior de São Paulo, onde escreve livros, crônicas e contos.                                             

Mulheres Luz (Crônica de José Luiz Richetti) 
Antes que o sol espreguice no horizonte, elas já estão de pé. O relógio marca um novo dia, mas para elas, o tempo não segue a lógica dos ponteiros – ele pulsa entre plantões, chamados urgentes e a vida que segue lá fora. São médicas, enfermeiras, auxiliares, fisioterapeutas, psicólogas, nutricionistas, mulheres da limpeza e tantas outras nas áreas da administração e serviços. São mães, filhas, esposas. Mulheres que desempenham jornadas duplas, triplas, que vivem para cuidar, mesmo quando precisam de cuidado. 

No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, não há silêncio absoluto. Há o barulho das rodas das macas, o som de passos apressados, o bip intermitente dos monitores. E no meio disso, há elas – guerreiras que carregam a ciência no olhar e a compaixão no toque. Cada diagnóstico dado, cada escuta atenta, cada mão que afaga uma testa febril carrega consigo algo que nenhum manual ensina: humanidade.

Entre uma medicação e outra, entre um paciente e o próximo, há mensagens não respondidas no celular, filhos esperando por um abraço, contas para pagar, a casa para organizar. O cansaço pesa nos ombros, mas nunca nas palavras. Mesmo exaustas, encontram forças para um sorriso. Para a paciente idosa que precisa de paciência, para a criança que chora, para o colega que também luta para equilibrar o peso da profissão com o da vida. 

Elas aprendem cedo que ser mulher nesses corredores frios significa ser forte sem perder a doçura. Significa ser presença, mesmo na ausência. Significa entender que, apesar das dificuldades, do desgaste, do cansaço, há uma missão maior que as move: salvar, curar, confortar. 

E neste Dia da Mulher, quando os holofotes se voltam para elas por um instante, a verdade ecoa: essas mulheres não precisam apenas de aplausos, flores ou homenagens. Precisam de respeito e reconhecimento, de equidade real. Porque enquanto o mundo se cura, são elas que continuam doando o melhor de si - com mãos firmes, com corações imensos, com uma coragem que reflete nos diferentes matizes dos uniformes, mas que brilha por si, brilha na alma, como o faz o arco íris com todas as suas cores. Feliz Dia da Mulher às que fazem do cuidado sua missão. Vocês são luz!


Publicado em 26/02/2025

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