Filtros de busca:

Saúde


Ano II - Edição 42 - 03/02/2025 a 09/02/2025

Estudo da FMUSP revela benefícios dos fitoterápicos para a saúde de pessoas com sobrepeso e obesidade

Estudo da FMUSP revela benefícios dos fitoterápicos para a saúde de pessoas com sobrepeso e obesidade


Participantes apresentaram redução na circunferência abdominal, melhora na composição da microbiota intestinal e na qualidade do sono

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) conduziram um estudo pioneiro que revelou os benefícios de plantas medicinais na melhora da saúde metabólica e na qualidade de vida de pessoas com sobrepeso ou obesidade. Publicado na revista Scientific Reports, o trabalho destaca o potencial dos fitoterápicos na remodelação da microbiota intestinal e na redução de marcadores inflamatórios, fatores críticos para o manejo da obesidade e suas complicações.

A pesquisa investigou os efeitos de duas formulações nutracêuticas, termo utilizado para designar extratos de alimentos altamente nutritivos que atuam de forma biologicamente ativa e auxiliam o corpo em processos metabólicos. As formulações continham prebióticos (frutooligossacarídeos, galactooligossacarídeos, β-glucanas de levedura), minerais (magnésio, selênio e zinco) e silimarina, um metabólito da planta medicinal Silybum marianum L. Gaertn (Asteraceae). As avaliações realizadas nos participantes, antes e após 180 dias de suplementação, abrangeram a análise da microbiota intestinal, dos níveis de citocinas, dos parâmetros antropométricos, da qualidade de vida, do humor e do sono, além de indicadores metabólicos e hormonais. “Os resultados indicaram que as formulações promoveram alteração positiva na composição da microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias benéficas, especialmente a versão enriquecida com silimarina”, explicou a Dra. Ana Flávia Marçal Pessoa, pesquisadora da Faculdade responsável pelo Laboratório de Plantas Medicinais, Nanocarreadores e Nutrição (La Pla.n.nta).

Destaques:  

• Redução no Índice de Massa Corporal (IMC) e circunferência abdominal;  

 • Melhoria na qualidade de vida, com destaque para padrões de sono mais regulares;  

 • Redução significativa na expressão de citocinas inflamatórias, que mostra um efeito anti-inflamatório das suplementações;  

 • Redução do marcador AST/ALT, associado à lesão hepática, característica da doença hepática gordurosa não alcóolica (DHGNA), que pode acometer pessoas com sobrepeso e obesidade;  

 • Diminuição dos níveis de cortisol sérico, popularmente chamado de “hormônio do estresse”;  

 • Modulação de bactérias importantes na manutenção da saúde intestinal, como a Eubacterium biforme e a Alistipes onderdonkii, que podem diminuir a inflamação associada a obesidade. 

“É fundamental avaliar a indicação de suplementação de forma individualizada, seja para uma pessoa com diabetes, obesidade, hipotireoidismo, distúrbios do sono ou ansiedade. Embora os resultados sejam promissores, é importante ressaltar que a suplementação deve ser acompanhada por uma mudança no estilo de vida. Quando realizada sem orientação ou de forma inadequada, ela pode prejudicar o organismo, causando até mesmo o desequilíbrio da microbiota”, reforçou a pesquisadora. 

O estudo foi realizado em parceria com o Prof. Dr. José Pinhata Otoch, Titular do Departamento de Cirurgia da FMUSP, coordenador da equipe do Laboratório de Produtos e Derivados Naturais. 

Para conferir o conteúdo completo, acesse: https://www.nature.com/articles/s41598-024-61909-3.


Publicado em 03/02/2025

Notícias Relacionadas

Nós utilizamos cookies que nos ajudam a melhorar sua experiência de navegação e nos permitem medir como os visitantes se movimentam pelo site.

Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade e de Cookies.

Este site não dá suporte ao navegador Internet Explorer