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Ano I - Edição 06 - 27/05/2024 a 02/06/2024

Uso inédito de hemoperfusão aumentou a chance de sobrevida do rim e de criança no ICr

Uso inédito de hemoperfusão aumentou a chance de sobrevida do rim e de criança no ICr


Técnica, também usada em vítimas de terremoto, poderá beneficiar pacientes pediátricos com quadro de sepse

Uma técnica de purificação de sangue a partir da hemoperfusão, utilizada para socorrer vítimas de esmagamento após terremoto, foi usada para aumentar a chance de sobrevida do rim e de um paciente pediátrico em falência renal.

A abordagem, inédita em serviços pediátricos mantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no país, foi realizada em abril deste ano no Instituto da Criança e do Adolescente (ICr), a partir de uma parceria de estudo com uma empresa chinesa fabricante do dispositivo.

A criança, com 10 anos de idade, veio encaminhada em situação crítica de outra unidade de atendimento com um quadro chamado rabdomiólise.

Rara no público infantil, a doença é caracterizada pela liberação de substâncias na corrente sanguínea a partir da destruição das fibras musculares, que podem afetar os rins e o sistema urinário e levar a um quadro de falência renal aguda. “A rabdomiólise é uma doença mais frequente entre os adultos, provocada, por exemplo, pelo excesso de exercícios físicos, grandes traumas musculares, em que há um membro do corpo esmagado, ou associado a uso de alguns medicamentos, entre outras causas”, explica a coordenadora-médica do serviço de Nefrologia Pediátrica do ICr, Andreia Watanabe.

A paciente foi submetida a três sessões de hemoperfusão, onde se instalou um cartucho específico para purificação sanguínea em uma máquina de hemodiálise. Dentro desse cartucho existem milhares de microesferas que provocam a adesão de certas substâncias presentes no sangue em sua superfície, promovendo a redução de sua concentração.

Essas substâncias podem ser toxinas, medicamentos, substâncias inflamatórias, produtos de lesão muscular, como na rabdomiólise, entre outras.   “Trata-se de uma tecnologia inovadora e que pode ser usada em outras doenças com efeito desencadeante muito agressivo e necessidade de rápido controle, como um quadro de sepse e disfunção de vários órgãos, por exemplo”, destaca a dra. Andreia Watanabe.

Apesar de ainda estar em um quadro renal crítico, a paciente ganhou um tempo valioso para a busca de novas condutas terapêuticas que venham aumentar a chance de recuperação da função renal em um quadro agudo como esse, promovendo a recuperação da criança como um todo.

O serviço de Nefrologia Pediátrica do ICr e a empresa chinesa estão em fase de negociação para estabelecer uma linha de pesquisa que possa aprimorar os protocolos de aplicação e beneficiar, ainda mais, crianças e adolescentes socorridos em estado crítico no Instituto.


Publicado em 24/05/2024

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