Crianças usam máscaras personalizadas e ficam tranquilas durante a aplicação do tratamento
Criança que adoece e precisa ser submetida à radioterapia para combater o câncer tem uma escolha: usar a imaginação para driblar a dor e voltar a sorrir. No Instituto de Radiologia (InRad) do HCFMUSP, máscaras de super heróis e adoráveis princesas transformam o cotidiano das sessões de radioterapia.
Homem Aranha, Capitão América e Homem de Ferro convivem com a Princesa Frozen ou a Mulher Maravilha como parceiros de pacientes pediátricos. Se a fantasia é livre escolha, o uso de máscaras tem fundamental efeito, pois passou a dispensar o uso de sedação.
Com as máscaras, os pequenos pacientes ficam quietos e tranquilos durante as sessões de aplicação de radioterapia, reduzindo em 32% a necessidade de sedação graças ao projeto iniciado em 2018 por idealização de Robson Luiz de Souza, Técnico em Radioterapia do InRad.
As máscaras termoplásticas - que imobilizam determinadas áreas do corpo para realizar sessões de tratamento - são originalmente de cor branca, mas podem receber pintura com as caras dos heróis e princesas. “A personalização das máscaras superou a expectativa de aceitação. Com aval da Diretoria de Corpo Clínico do InRad e demais autoridades, viramos referência no quesito humanização” – disse Robson.
Drª. Herbeni Cardoso Gomes, que coordena o serviço de Radioterapia do InRad comenta: “Toda ideia que melhore o tratamento de qualquer paciente é muito bem vinda. O fato de não precisar anestesiar uma criança já é muito positivo. A criança que já vem da quimioterapia e precisa da radioterapia, sofre mais um estresse. Com as máscaras, tudo mudou. Foi impactante”
Katia Brito, Diretora Técnica de Saúde e Christiane Cavinatto, da área de Humanização e Experiência do Paciente acompanham todo o trabalho de acolhimento às crianças sob tratamento, orientando com zêlo e cuidado a adaptação dos pacientes pediátricos do InRad.
O Projeto das Máscaras está oficialmente vinculado à àrea de Humanização e Experiência do Paciente do InRad. Para Katia Brito, do Serviço de Radioterapia, o percentual de redução de sedação para pacientes - em torno de 32%, conforme o levantamento realizado de janeiro a dezembro de 2024 - representa avanço significativo na adaptação dos pacientes ao tratamento, refletindo os esforços da equipe para minimizar a necessidade de sedação, o que pode resultar em menos riscos e em um tratamento mais humanizado.
Publicado em 20/02/2025